Corinthians e Portuguesa empatam no clássico da chuva e da confusão

07/02/2009 20:23

Paralisação devido à chuva, desencontro de informações, bate-boca e reinício. O clássico entre Corinthians e Portuguesa, neste sábado, no Pacaembu, entrou para a história como um dos mais tumultuados nos 85 anos de confronto entre os clubes.

Após 1h40 de interrupção devido à forte chuva que desabou sobre a capital paulista, o árbitro Flávio Rodrigues Guerra ordenou o reinício do jogo, interrompido aos 4min do segundo tempo, quando estava 0 a 0. No tempo restante, Christian e Otacílio Neto marcaram os gols do novo empate, desta vez por 1 a 1.

O resultado manteve o Corinthians invicto e, ainda que provisoriamente, na liderança do Campeonato Paulista, com 14 pontos, dois a mais que o Palmeiras, com dois jogos a menos. A Portuguesa chegou ao seu oitavo ponto, na nona posição.

O que marcou a partida, porém, foi o grande desencontro de informações que tomou conta dos vestiários depois da paralisação. O árbitro, que segundo o capitão da Portuguesa, César Prates, teria dito, ainda no gramado, que o jogo estava suspenso, decidiu esperar até às 19h para avaliar as condições do gramado e se haveria condições de continuidade.

Os jogadores do Corinthians, porém, ignoraram a decisão, tomaram banho e vestiram roupa de passeio. André Santos, por exemplo, já estava prestes a subir no ônibus do time quando foi avisado, às pressas, para retonar ao vestiário porque ainda havia possibilidade de reinício do jogo.

Às 18h59, Guerra voltou a campo para observar o gramado, negou ter dito que o jogo estava suspenso e ordenou o reinício em 40 minutos, para desespero do diretor de futebol do Corinthians, Mário Gobbi. "Não há condição nenhuma de jogo. A torcida foi embora, o sistema de som falou claramente que o jogo foi cancelado", protestou. "A Federação [Paulista de Futebol] exigiu que o jogo fosse terminado hoje porque a Portuguesa tem jogo na terça-feira [contra o Paulista]. Vai ter jogo nem que seja às 21h", disse o gerente de futebol Antonio Carlos Zago.

O preparador físico da Portuguesa, Flávio Trevisan, acusou Zago, de quem é desafeto declarado, de pressionar a arbitragem pela continuidade do jogo. O corintiano retrucou: "Ele está mal informado. Quem decidiu pelo reinício foi a Federação Paulista."

Parte da torcida, que já havia deixado o estádio, voltou, ainda que desconfiada, e recomeçou a cantar. Mas os clarões nas arquibancadas deixavam claro que vários dos 26 mil presentes ao início da partida já estavam em suas casas.

Quando a bola rolou novamente, o que se viu foi o repeteco do primeiro tempo, quando o Corinthians, com sol a pino, dominou e perdeu duas boas chances com Souza e Chicão. A Portuguesa perdeu o zagueiro Ediglê, expulso aos 13min devido a um carrinho em Jorge Henrique, e retraiu-se ainda mais. Jorge Henrique acertou o travessão.

Mas, ironicamente, o time de Mário Sérgio abriu o placar na primeira falha da zaga corintiana. Aos 30min, Jean, substituto do suspenso William, "furou" uma cabeçada e deixou Christian na cara de Felipe. O artilheiro, que havia tido um gol anulado por impedimento no primeiro tempo, cumpriu o que havia prometido no intervalo: "Vou marcar de novo no segundo". Ele só não esperava que tivesse de esperar tanto.

Mas a alegria de Christian e seus companheiros durou só quatro minutos depois. Otacílio Neto, que havia entrado no lugar do estreante Morais, fez jogada invididual e soltou uma bomba para empatar o jogo da confusão.

Fonte: Uol Esporte
 

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