Torcida empurra, ofusca Pedrão e 'dá' empate ao Corinthians na estreia

22/01/2009 21:23

Foi sofrido, do jeito que a torcida gosta. É verdade que o Corinthians vacilou em sua estreia no Paulista, viu Pedrão tentar roubar a cena no Pacaembu e apresentou futebol abaixo do esperado. Mas, pelo menos, os anfitriões deixaram o gramado de cabeça erguida. Com gols no fim do jogo, a equipe de Mano Menezes evitou um vexame em seu primeiro teste e empatou por 2 a 2 com o Barueri, na noite desta quinta-feira.

Chicão, aos 38min do segundo tempo, e Jorge Henrique, cinco minutos depois, salvaram a primeira apresentação oficial da temporada. Empurrada pela torcida, que não abandonou o time, a equipe alvinegra ficou sem os três pontos almejados, mas despertou no final e demonstrou a raça cobrada pela voz das arquibancadas. "Não saímos plenamente contentes, já que sempre queremos a vitória, mas a última impressão é a que fica", avaliou Mano.

Ponto forte do Corinthians em 2008, a defesa deixou a desejar nesta noite. Chicão teve participação direta nos dois gols do Barueri, mas conseguiu se redimir convertendo pênalti que deu fôlego para o time buscar o suado empate. Pedrão, autor dos dois gols dos visitantes, foi o outro personagem importante da partida.

Ansiosa para ver o atual campeão da Série B em um jogo "para valer", a torcida tentou esquentar a equipe antes mesmo de a partida começar. Tal apoio, aliado à postura ofensiva do time, surtiu efeito. Até os 20min de jogo, só deu Corinthians no ataque. Com maior posse de bola, os anfitriões alternaram tentativas de jogadas pelo meio e cruzamentos para a área.

O problema é que o Barueri, depois de conter a pressão inicial com boa participação do goleiro Renê, passou a se arriscar mais na frente, sobretudo em contra-ataques. E aos 22min os visitantes conseguiram abrir o placar. Em posição duvidosa, Pedrão recebeu na área, aproveitou que a defesa parou para pedir impedimento e mandou para as redes.

Imediatamente, a torcida do Corinthians se animou ainda mais. Fez sua parte para empurrar o time. Com agilidade e bom domínio, Elias foi a principal arma ofensiva dos anfitriões no primeiro tempo. Logo após o gol e poucos minutos depois, o camisa 7 teve duas boas oportunidades, batendo cruzado em ambas. Ninguém alcançou.

"O time deles sabe marcar e jogar. Também aproveita muito bem o contra-ataque. Temos que ficar com a posse de bola e rodar para chegar ao ataque", avaliou Douglas, que errou passes fáceis e, mal em campo, foi substituído. Para tentar aumentar o poder ofensivo do Corinthians, Mano trocou Túlio por Eduardo Ramos no intervalo.

Diante da cautela adotada pelo Barueri, a mudança ajudou o time alvinegro a manter a posse de bola. O difícil foi conseguir furar o bloqueio dos visitantes. Até porque todos os chutes de fora da área tentados pelos corintianos saíram pela linha de fundo. O Barueri manteve sua proposta de contra-atacar e aos 18min conseguiu ampliar em pênalti convertido por Pedrão. Chicão foi o autor da falta.

O nervosismo, então, passou a atrapalhar ainda mais o Corinthians. Uma marcação equivocada do árbitro (em suposta saída da área de Felipe), que voltou atrás, ainda piorou a situação. A torcida continuou fazendo sua parte, mas já em tom de cobrança, pedindo para o time "jogar com raça e com o coração".

O estádio só voltou a se animar aos 36min, quando o árbitro marcou pênalti sobre William. Chicão se redimiu e, com paradinha, diminuiu para o Corinthians, inflamando a torcida nos minutos finais. Ânimo que empurrou o time para o empate aos 43min, quando Jorge Henrique aproveitou cruzamento da esquerda e cabeceou para as redes. Apesar de ficar sem a vitória, a torcida do Corinthians deixou o estádio cantando com o empate que teve gosto de triunfo.

 

Fonte: Alexandre Sinato em São Paulo (Uol Esporte)

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